Teste da Linguinha: detecção da língua presa

Língua presa é uma alteração comum, mas muitas vezes esquecida. Ela está presente desde o nascimento e ocorre quando uma pequena porção de tecido, que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do feto, permanece na parte inferior da língua, impedindo seus movimentos.

Alguns profissionais ainda permanecem com o discurso de que língua presa não existe, não afeta a amamentação, vai corrigir-se sozinha, ou esticar ou rasgar sem tratamento, que não causa desconforto para a mãe e não afeta a fala.

No passado, era apenas realizada uma inspeção visual para detectar a presença de língua presa. Atualmente, com as recentes pesquisas, o diagnóstico e avaliação da língua presa podem ser feitas por profissionais qualificados e informados.

Não existem estudos epidemiológicos recentes para estimar o número de pessoas que têm a língua presa. Uma pesquisa da Universidade de Cincinnati, EUA, publicada em 2002, constatou que cerca de 16% dos bebês com dificuldades com a amamentação tinham a língua presa. Outro estudo realizado em 2004 no Hospital Geral de Southampton, Reino Unido, constatou que 10% dos bebês nascidos na área tinha a língua presa.

Para que a incidência possa ser estimada com precisão é necessário haver critérios para o diagnóstico da língua presa. Os números reais podem ser surpreendentemente maiores do que o esperado.

Existem graus variados de língua presa, por isso a importância de haver um teste que leva em consideração os aspectos anatômicos e funcionais para fazer um diagnóstico preciso e indicar ou não a necessidade da realização do pique na língua.

Quando um bebê nasce com língua presa, normalmente parentes muito próximos podem apresentar o mesmo problema, apresentando sintomas pouco aparentes ou com grave impacto sobre a função da língua. Muitos sofrem em silêncio as várias dificuldades que a língua presa pode causar. Há bebês que tem alterações no ciclo de alimentação, causando estresse tanto para ele quanto para a mãe; crianças com dificuldades na mastigação; adolescentes com dificuldades para beijar; crianças e adultos com distorções na fala, afetando a comunicação e o relacionamento social.

Até 1940, a língua presa era rotineiramente cortada pelas parteiras. Essa realidade foi modificada pelo medo excessivo de realizar uma cirurgia desnecessária e pela redução na prática da amamentação. Na década de 90, novamente o incentivo à amamentação trouxe à tona a polêmica sobre a língua presa e sua interferência na maneira de sugar, mastigar e falar.

Assim como temos o teste de Apgar, do olhinho, do pezinho e da orelhinha para diagnóstico precoce de alterações que podem comprometer o desenvolvimento do bebê, a proposta do teste da linguinha vem com o objetivo de diagnosticar as limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa que podem comprometer as funções exercidas pela língua: sugar, engolir, mastigar e falar.

Clique e assista a reportagem

Modelo da Camisa:


Compartilhe

Você pode se Interessar: